Se você respondeu à pergunta do título dizendo “pelo mesmo motivo que a torrada sempre cai com a manteiga para baixo”, você está mais do que correto! O que muita gente não sabe é que isso não tem nada a ver com azar, zica ou mau-olhado. Nem com a tal da Lei de Murphy. A explicação para o porquê de nossos celulares viverem com as telas rachadas pode ser dada pela ciência.
O chamado Fenômeno da Torrada com Manteiga foi testado uma infinidade de vezes e os resultados mostraram que o efeito não é apenas acaso. O fato do peso levemente maior do lado onde a manteiga está e, principalmente, a altura média das mesas ou da mão que segura a torrada faz com que elas caiam com a face preenchida para baixa em cerca de 62% das vezes.
Aplicando a teoria nos celulares
Praticamente a mesma coisa acontece com os nossos smartphones. Além da altura média da queda, deve-se levar em conta o jeito que seguramos os aparelhos, quase sempre com os dedos em um ponto abaixo do seu centro de gravidade e sem muita firmeza.
É isso que causa os números espantosos verificados no Reino Unido, onde em torno de 29% das pessoas usam um celular com a tela rachada. No mundo todo, um visor de smartphone é estilhaçado a cada dois segundos.
Existe uma matemática complexa por trás das quedas de celulares que pode ser explicada com uma fórmula. Ao solucionar as equações que descrevem essas forças, o ritmo no qual o smartphone gira enquanto cai na direção do chão pode ser estimado usando a fórmula: ω=23gL[p1+3p2 ]sinθ.
L é o comprimento do aparelho, g é a aceleração da gravidade, p = 2δ/L é o “parâmetro de apoio”, δ é o tamanho do apoio (o dedo que suporta o aparelho) e θ é o ângulo do smartphone quando ele inicia a queda. Entendeu?
Aplicada a smartphones, a fórmula mostra que por serem lisos e escorregadios, é improvável que percam o contato com os dedos antes de atingirem uma taxa de giro alta o suficiente para conseguirem cair com a tela para cima. Por isso sempre que caem, batem com o visor no chão.
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